O Pedro está a crescer.

Pois assim é. Aqueles soninhos, pelos quais o meu filho é conhecido, parece que estão a acabar, pelo menos durante o dia. Felizmente as noites continuam sossegadas. Mas de dia a coisa mudou completamente desde há uns dias para cá. De manhã a hora de acordar varia entre as 8 e as 10 horas da manhã. Depois come e dorme cerca de 40 minutos, uma hora. De tarde é mais ou menos a mesma coisa. Entre as mamadas não dorme mais de uma hora. Logo, passa muito mais tempo acordado e grita que quer a minha atenção, mas grita mesmo. E se não apareço passado uns minutos, vou dar com ele a chorar em plenos pulmões e a escorrer lágrimas dos olhinhos. Quando chego ao pé dele lá se acalma e depois quer conversa. Palra, palra que nunca mais se cala, mas quer que eu esteja a olhar para ele e a conversar também, que se não volta a chorar. O que quer isto dizer? Primeiro, que o meu filho está, aos dois meses e picos, a transformar-se numa criatura social. Segundo, que o meu tempo "livre" (aquele que eu aproveitava para tratar da casa e de mim) está declaradamente a chegar ao fim. O bom disto? O olhar fascinante do meu filho, o brilho nos olhos dele e o sorriso lindo quando "fala" comigo. O mau??? É que a conversa não é propriamente muito desafiante do ponto de vista intelectual (mas do ponto de vista criativo é do melhor LOL). No entanto, não troco esta conversa por nenhuma outra. Para mim pode não ser um grande desafio (e se calhar até é), mas para ele é tudo e por isso para mim também. Li algures que as pessoas que são pais, são mais inteligentes do que os outros, porque os filhos ajudam a manter o cérebo vivo. Se as noites mal dormidas não matarem os neurónios todos (LOL) teremos por certo uns cérebros bem exercitados, porque estes pirralhos não o deixam descansar.