Mesmo a meio da semana

Fiquei sem internet em casa. Lindo serviço... A ver vamos se a coisa está resolvida brevemente, porque o problema não é meu, mas do servidor do serviço. Bolas...

Relativamente às vossas questões sobre a dermatite do Pedro e as prováveis causas (obrigada pelo interesse e preocupação), a questão das alergias foi de facto a primeira hipótese a ser levantada. O pediatra disse que poderia ser ao leite, mas ele começou ainda na maternidade a beber o leite daquela marca (Enfalac) e a dermatite começou a aparecer perto dos três meses. Por isso o pediatra acabou por achar que não fazia sentido ser ao leite. Depois avaliou-se as mudanças de hábitos do Pedro, mas nada indicava para aí, porque nada tinha mudado. A primeira dermatologista a que fomos disse que lhe parecia mais problema de pele atópica, mas agravado pelas diversas experiências com cremes que tinhamos vindo a fazer. (Como sabem não gostei desta médica, e por isso não pode avaliar mais nada do que disse). O pediatra também era da opinião que parecia uma alergia de contacto, mas como alastrou ao corpo todo, essa hipótese foi posta de parte. A última dermatologista a que fomos disse logo que aquilo não tinha nada ar de ser alérgico, e disse que não valia a pena metermo-nos em alergologistas que iam fazer teste ao miúdo e fazê-lo sofrer, para dizerem que ele era alérgico a uma porção de coisas que com a idade deixava de ser. A opinião dela é que o problema é genético e por isso tem de ser controlado, mas, e isto já foi dito quando falei com ela na Segunda-feira, é um problema crónico. Enfim, a minha esperança é que as crises vão diminuindo com o passar dos anos. Outra coisa que a médica disse é que é normal que as crises desapareçam por volta dos 5 anos. Mas o Pedro é forte e pode ser que a coisa desapareça antes... (Esperança de Mãe a falar!)

Neste momento e depois de ter falado com a dermatologista está novamente a fazer um tratamento à base de cortisona, mas só em pomada. Para já importante era controlar a coisa. Esta crise também me pareceu mais leve que a anterior, mas o tratamento anterior também foi forte. Ah! E a médica disse que sendo ele tão pequenino não lhe vai receitar nada mais forte.
A ver se a coisa melhora, porque custa tanto ouvir coisas como: "Que menino tão lindo! É pena as manchinhas na cara!" :-(((( Como ouvi hoje de manhã de uma vizinha.

Ainda queria dizer que relativamente ao meu último post, com o link para aquela notícias, não pensem que as minhas funções são daquela natureza ou que o meu ordenado ronda os valores que ali se falam. Era bom era, ia pensar que me saia a Sorte Grande todos os meses... A parte que tinha a ver com a minha má disposição (ainda que também me possa sentir mal por não ganhar aquilo) era em relação às outras questões levantadas. A problemática de termos de optar entre os filhos e a carreira. O que me irrita mesmo, mesmo, é que as duas coisas em tantas casos sejam incompatíveis. Irrita-me muito viver numa sociedade que valoriza mais a produção económica e desvaloriza a reprodução social. É como se ter filhos e educá-los BEM seja uma peso para a sociedade e tem de ser apenas um esforço dos pais, ou, como diz a notícia, das mães. E eu quero ser uma boa mãe para o meu filho, mas às vezes sinto que o desgaste provocado pelo trabalho, pelos maus salários e por alguma instabilidade, faz com que chegue a casa com menos paciência do que aquela que eu deveria ter para o conseguir educar BEM, e ajudá-lo a ser feliz. Fica o desabafo uma vez mais...

E desculpem se não conseguir visitar todos os vossos cantinhos, mas agora sem net em casa, sobram os "tempos livres" no emprego.