Sete meses

Fez ontem sete meses que me transformei numa mãe. Ainda não acredito bem nisso. Sei que desde então tenho mais uma pessoinha na minha vida. É um rapazote simpático, de sorriso fácil, e que eu acho lindo. Para além disso, têm sido sete meses de grandes descobertas, e sobretudo de fascínio. É impressionante as mudanças que ocorrem em sete meses numa pessoa recém nascida. Cada vez que me lembro do bebé come e dorme que trouxemos para casa em Janeiro... Esse Pedro já não existe. Agora, é um bebé atento a tudo o que o rodeia, que explora o mundo de uma forma impressionante (nada pára ao pé dele). Tem um estranho fascínio por etiquetas, e descobre-as nos sítios mais inesperados: as dos brinquedos, que eu já não tiro porque sei que ele gosta, as da roupa (as que ficam no pescoço tiro-as todas, mas ele tem alguns bodies de abrir que têm etiquetas na parte de fora), as dos lençóis da cama (era mexe-se tanto que tira os lençóis do sítio e lá descobre as etiquetas) e hoje até o do edredon que faz de cobertura da cama e que estava bem entalado. Já bate as palminhas quando lhe pedimos (e já produz som), dá turrinhas. Já se aguenta em pé alguns segundos (também não o deixamos mais) e sentado sózinho durante bastante tempo, sobretudo a brincar com as coisas dele. Detesta estar sózinho, por isso tem de estar sempre alguém na mesma sala que ele.

Digo tudo isto fascinada com o meu filho, mas sobretudo fascinada com a vida e com a forma como ela nasce e se desenvolve. E fico feliz por pensar que estes sete meses tão especiais para mim, são também especiais para tantas de vocês que me visitam, por uma razão tão semelhante. Ver crescer os filhos é fascinante.