O Pai

Bom, por todos os blogs por onde passo, vejo sentidas homenagens a esses homens que partilham connosco os nossos filhos e fico feliz por pensar que de facto a nossa sociedade está a mudar, e que tantos homens, hoje em dia, são diferentes do que foram os pais de outras gerações e que se assumem enquanto tal. Dão-me esperança de uma sociedade melhor.

Ao passar por esses mesmos blogs até fiquei a sentir-me mal por não preparar nada para o Pai cá de casa em nome do filho... Até fiquei a sentir-me mal, porque nem me tinha lembrado de que podia dar um post aqui neste blog. Isto porque o dia do Pai nunca foi importante para mim, e felizmente para o meu pai também não. Porque na minha vida todos os dias são dias do Pai, porque todos os dias me lembro do meu e quase todos estou com ele.

Da mesma forma, que desde um determinado dia de Ano Novo - que mudou para sempre as nossas vidas -, todos os dias têm sido Dias do Pai para o Pai cá de casa. É que este Pai orgulha-se de ter sido o primeiro a mudar um fralda ao filho. É que quando chegou à maternidade, para visitar o Pedro pela primeira vez (tinha-o visto às duas da manhã quando ele nasceu), o rapazote tinha a fralda suja, e eu ainda não me conseguia mexer por causa da cesariana e a enfermeira a quem eu tinha pedido para o mudar virou costas perante o pedido. Por estar sempre presente desde essa data, todos os dias são o dia dele, o que fica bem claro todas as vezes que o Pedro enche a boca para dizer "PAI!!!"