Últimos cartuchos

É assim que eu me sinto, a queimar os últimos cartuchos da minha licença de maternidade. Quarta-feira regresso ao trabalho e a vontade não é nenhuma. Para além de me ir separar do meu filho, mais do que alguma vez o fiz, vai acabar esta boa vida de ter o tempo quase todo só para mim. É ridículo porque o tempo que eu agora dedico ao meu filho, vou passar a dedicá-lo a um local de trabalho e a tarefas que me dizem cada vez menos, mas que não posso abandonar por todas as razões e mais algumas. O tempo que me vai sobrar, espero conseguir dedicá-lo maioritariamente ao Pedro, e depois nos outros bocadinhos lá terei de tratar da casa. Sei que vai passar outra vez imenso tempo até conseguir acabar de ler um livro, porque o cansaço e a falta de tempo vão-se impor. Resta a esperança que a vida vá correndo bem e me permita ter outro filho e voltar a estar uns mesitos em casa. Duma próxima vez acho que fico os 5 meses...

Por falar noutro filho, sempre que passo no Babyblogs fico a admirar a longa lista de barriguitas que lá estão, e fico admirada com as poucas barrigas de 2ª e 3ª viagem. Quando eu era miúda eram raros os colegas que eram filhos únicos, mas parece-me que hoje em dia a situação está mesmo para as famíliares terem apenas um filho. Sei que é complicado financeiramente, os infantários são caríssimos, mas a ideia de o Pedro ficar sózinho não me agrada mesmo nada. Nem é por precisar de alguém com quem brincar ou de aprender a partilhar, coisas que também acho importantes, mas sobretudo para ter uma família, para que depois dos pais "estarem a fazer tijolo" (não me apetece nada pensar nisso agora, mas enfim...) haver uma referência de família, para ter alguém com quem partilhar os momentos de festa que a nossa sociedade dedica à família. Sim, se tudo correr bem, para o ano, o Pedro terá um mano ou uma mana. Ah! E desconfio que também poderá ter um novo primo ou prima.