Resignada

É como estou. Depois de quase oito dias a aplicar o creme que o pediatra receitou, o Pedro estava pior. Assim ontem falámos com ele que nos disse que começava a ser necessário a utilização de corticoides. Já me andava a mentalizar para isso, mas custou-me muito. Foi o pediatra que nos deu o contacto da dermatologista (ficámos depois a saber que é ela que dá formação em dermatologia aos pediatras) e conseguimos consulta para ontem mesmo (foi sorte). Lá rumámos à Av. da República em dia de Greve Geral e ainda bem que fomos cedo porque o trânsito, às sete da tarde, estava caótico. Felizmente encontrámos lugar para estacionar mesmo à porta do consultório e esperámos 1 hora, para além da hora marcada. Felizmente o Pedro dormiu o tempo todo e só acordou quando entrou no consultório, já passava das 8 horas. A médica inspirou-me confiança tenho de reconhecer, pela apresentação, pelo discurso, apesar de não ter sido nada meiga comigo, porque disse-lhe logo que não estava com vontade nenhuma de utilizar os corticóides. Foi directa e sem rodeios e gosto disso. Devido à área afectada o Pedro não pode colocar pomadas, porque isso levaria a uma absorção enorme de cortisona, por isso, o Pedro começou hoje de manhã a tomar gotas. Na verdade, ao fim de meia hora já se via a diferença, mas continuo cheia de medo. A médica disse-me para ganhar juízo, mas o filho é meu e não gosto de lhe dar o que lhe estou a dar e pronto. Espero apenas que os benefícios sejam superiores ao danos que tudo isto possa causar. Sei que está a ser bem tratado, mas aqui bem, significa apenas que lhe estão a dar o melhor para o problema que tem, mas não se sabe o mal que ainda lhe pode fazer. Só espero que ele reaja bem e que não fique com nenhum problema, mas estou cheia, cheia de medo.