25 junho, 2007

Hummmm....

Eu sei que estou monocórdica, mas estas notícias deixam-me tão triste.

Alguém tem alguma ideia do que é que nós, como mães, ou aspirantes a mães, podemos fazer para mudar isto?

P. S. Já tenho net em casa, só não tenho tempo para me sentar em frente ao PC.

15 comentários:

Anónimo disse...

Olá. Já há algum tempo que tenho acompanhado o teu blog e também tenho um menino de 5 meses e 2 semanas.Não querendo contribuir com mais lenha para a fogueira,mas querendo alertar e mobilizar as mães Portuguesas de uma maneira que nem eu sei qual será,gostava de falar sobre o trabalho das mães Portuguesas em centros comerciais.
Eu trabalho num grande espaço na margem sul(sim,no deserto)e sempre vivi rodeada de injustiças e violações das leis de protecção à maternidade, sem que ninguém fizesse alguma coisa para parar com estes abusos.Daqui a uma semana vou começar a trabalhar, e como os saldos se iniciam a 15/07, já me estão a pressionar para prescindir das horas de amamentação nesse periodo,já para não falar das horas nocturnas(até às 24h)que ao que parece, para estas empresas estão implicitas na lei?!O que acontece ,e como o próprio nome esclarece,é que eu estou a amamentar o meu filho e não me apetece deixar de lhe dar o que tenho de melhor, só porque as empresas não respeitam o que está consagrado na lei e que é meu de direito.Quase que parece que eu estou a cometer um crime por ter tido um filho e ter optado por o amamentar enquanto puder.Sinto-me injustiçada e sei que vou ter que me chatear,mas também sei que a grande maioria das mulheres(e são muitas) que trabalham nestes grandes e lindos espaços não o fazem, e apesar de compreender e saber que a pressão é muito grande, não deixo de sentir uma imensa revolta dentro de mim .E depois,vem o Sr. Primeiro dizer que temos que procriar...faça-nos um favor:fiscalize e "castigue" estas empresas,que infelizmente são a maioria,providencie a abertura de mais berçários e creches e vai ver que as mulheres deste País retibuem com mais filhos.Desculpa o tamanho do post mas senti que me irias compreender e resolvi desabafar.Tudo de bom para ti e para o teu filhote.bjnhos.

Ana Luísa disse...

Eu por aqui não me posso queixar mesmo... O horário é cumprido, com a amamentação trabalho das 10h às 16h. Claro que se for necessário fico até mais tarde mas é muito raro.
Já o trabalhar mais por necessidade pode dever-se ao facto de um filho implicar muitas mais despesas do que antes de o ter...
Beijinhos

Lisa_pt disse...

A mim tb me deixam mt triste, td é um abuso!

Eu tinha mencionado no meu blogh q ia arriscar um negócio próprio, mas com a situação actual por causa dos rafeiros dos vizinhos, já desisti da ideia, pois ñ posso gastar as nossas economias num negócio q não sei se irá dar lucro e dp andar a pagar tribunais e coisas assim... logo q venha de férias vou começar a procurar emprego, isto é, já ando à procura mas estou a dar indicação q só tenho disponibilidade na 2ª quinzena de Julho...

Joquinhas gds

Bala disse...

É, de facto, revoltante saber que, não há quem nos proteja (a nós mães e às aspirantes), quem defenda os nossos direitos, mas há muito quem nos invej" os horários da amamentação(porque é uma sorte sairmos mais cedo! - para quem tem a Sorte de trabalhar numa empresa que permita gozar as horas) e os 5 meses de "férias"(mais umas vez, para as mães que têm muita sorte!)...

E com isto tudo, não me estou a queixar da minha empresa. Porque essa, tem-me permitido gozar tudo a que tenho direito, e ainda me permite faltar se tiver o meu filho doente, sem me penalizar, por isso, o ordenado.

Mas é pela falta de políticas que nos defendam e pela falha na mudança das mentalidades, que sou levada a crer que jamais teremos as mesmas oportunidades que as mulheres do norte da Europa.

Estou contigo, Carla!!!

Bjinhos

Sofia Guerra Carvalho disse...

Amiga, eu também ando a pensar muito nestas coisas. Concordo a 100% quando dizes ter filhos, educá-los e dar-lhes assistência é um peso e é mal visto por grande parte da nossa sociedade.
Acho que a May é que tem razão. Deviamos juntar-nos e formar uma associação de defesa dos direitos dos pais. Lutar por uma licença de maternidade mais alargada, entre outras coisas. Será que temos tempo, será que conseguimos? Também me custa ficar de braços cruzados sempre a queixar-me...

beijocas

Mia disse...

Felizmente trabalho num local onde "ainda" são respeitados os direitos dos pais. A directora já referiu que posso continuar a amamentar mesmo nas horas de serviço (só durante uma semana..depois entro de férias) sem prejuízo das duas horas de amamentação de lei. O pai terá os 15 dias de licença a seguir à minha o que vai facilitar muito.
O meu maior desejo é que todas as mamãs tenham a mesma oportunidade que irei ter. Sei que não é assim, apoio a criação de uma Associação de defesa dos direitos dos pais como a mamã do bebinho sugere.

beijocas grandes

Anónimo disse...

"O resultado é que algumas mulheres com estudos começam a sentir-se envergonhadas e culpabilizadas por ficarem grávidas, como se se tratasse de uma complacência à qual têm direito. Abordam o parto e as tarefas iniciais da maternidade num estado de espirito profissional, decididas a fazer as coisas bem, mas preocupadas em voltar aos verdadeiros desafios da vida passados alguns anos, meses ou mesmo semanas. Os filhos representam uma interrupção da sua vida «real»" - "Mães- um estudo antropológico da maternidade"

Cada vez mais a gravidez é vista como um mal que atrasa a ecónomia do país e as mães sentem necessidade de quando voltam ao trabalho superar as expectativas e o que esperam de uma mãe recente. Infelizmente não são respeitados os seus direitos e ouvidas as suas necessidades e como não há volta a dar a isso, pelo menos a curto prazo, temos de nos ir adaptando. É triste...

joana disse...

Eu que era vista pelo meu patrão como uma funcionária exemplar, tenho a sensação que passei para a lista negra dele desde que comecei a trabalhar por usufruir das 2 horas de aleitamento. acho que ele estava à espera de que eu prescindisse dessa redução e que ainda fizesse horas extra para recuperar o trabalho em atraso... eu estou-me a marimbar para ele, mas é triste que as coisas sejam assim... beijinhos

mimika disse...

Eu ouvi essa notícia na tv e agora relia-a. Desculpa o lugar comum, mas somos um país mesmo atrasado! Só se pensa no material e esquece-se o essencial, que é a família, as emoções, os afectos.
Quem nos governa não percebe que se essa parte pessoal não for equilibrada e cultivada tb não se produz de forma eficaz como eles tanto querem?

Perguntas o que nós mães podemos fazer...infelizmente, não sei.

Beijinhos

Carla - Vida a 5 disse...

Mudar a mentalidade do pessoal que se senta na assembleia ou que tem lugares de chefia. Como não é possivel podemos sempre iniciar uma revolução.
Tipo a revolução do biberão, só para não dizer da mama que pode ser mal visto pelos mais púdicos.

Beijinhos

Ka_Ka disse...

His finger then, now yours
here, where master stopped, went back,
counted syllables.

SCAS disse...

Vim só dar um beijinho e partilhar ctg a revolta.

Anónimo disse...

Enquanto este país der mais importância ao € do que às pessoas que nele vivem é muito difícil contornar esta situação. Depois queixam-se que estamos envelhecidos, que isto e que aquilo, mas também não dão apoios à maternidade nem às crianças.
Cada vez mais me convenço que não somos a geração rasca, mas a geração à rasca.
Bjks

Catarina disse...

é indecente...mas é a relidade!...
Está tudo bem por ai??

Anónimo disse...

Percebo a tua tristeza. Eu também a sinto a par com revolta. Se não houver nenhuma pressão no sentido de se originarem mudanças legislativas, o mais certo é ficar tudo na mesma. Já estou cansada de ouvir que estamos na cauda da Europa e de escutar os exemplos que temos do resto da Europa. Não seria já tempo de fazer alguma coisa? Não haverá já algum movimento ou associação criada para esse efeito? E se não houver, não seria altura para deitar mãos à obra?

Quando a Sofia, a mãe do bebinho referiu precisamente este problema aqui há tempo, houve essa vontade, mas ficou tudo mesmo só pela vontade. Talvez fosse interessante aproveitar todo este grupo extenso de babyblogs e unir forças no sentido de defender os interesses das mães, pais e bebés. Talvez através do babyblogs ou do baby boom se pudesse juntar mais pessoas e mobilizá-las para esta causa.
O que te parece?

Beijinhos