Natalidade e outros

Hoje, se conseguir, vou ver um bocadinho do Programa Prós e Contras. Quero saber se as pessoas importantes vão dizer que é a falta de dinheiro que faz com que as pessoas tenham menos filhos, ou se vão encontrar outra razão mais requintada para explicar a falta de nascimentos em Portugal. Eu falo por mim, que pertenço a uma classe média, cada vez menos média e por isso mais baixa, e que gostava imenso de poder ter mais uns dois filhos, três se a minha idade permitisse, o que não me parece que venha a acontecer. Okay, podem dizer que estou louca, eu própria ia pensar que sim se isto fosse antes do Pedro nascer. No entanto, sinto que mudei imenso com o nascimento do Pedro, e olhar para ele e vê-lo a crescer saudável (a dermatite está a dar tréguas) e feliz é muito mais do que alguma vez pensei. Gostava que o Pedro tivesse irmãos e irmãs, e gostava de ter uma velhice rodeada pela minha família. Enfim... os ordenados e situações profissionais menos estáveis conduzem-nos a opções que, se calhar, de outra forma não fariamos. E não me digam que onde come um, comem dois, porque se calhar em termos alimentares a coisa até se aguenta, mas e depois a educação? O acesso à saúde, que aqui é onde se gasta mais dinheiro dado os problemas de pele do rapaz? Sim, porque problema de pele é taxado a 21% em quase tudo. Enfim... Mas isto são lamentos específicos de uma fulana que ainda gostava de ter mais cachopos. A ver vamos...

Quanto a segurança automóvel, é verdade, voltámos a virar o banco. O Pedro vai novamente de costas para a estrada. É por mim, e espero que seja sobretudo por ele. É que eu não ia andar descansada. Não tenho intenção de bater com o carro, mas não controlo tudo, e por isso, se acontecesse alguma coisa a este menino, por algo que era perfeitamente evitável, eu nunca me iria perdoar (se lhe acontecer alguma coisa, eu nunca me vou perdoar na mesma, mas pronto...) Prefiro, por agora, continuar assim, e depois logo se vê. Em Janeiro falo com a pediatra, e pode ser que tenha uma opinião favorável à mudança. Agora, surge o outro problema, ele tem a perna longa e já bate no banco com os pézitos, mas para já ainda não é mau de todo.

Amigas, as coisas com as quais temos de nos preocupar nunca acabam, e as decisões nunca são fáceis...